No
ano do centenário do rei do baião o Mural tem a honra de homenagear um dos
maiores artistas brasileiros de todos os tempos: Luiz Gonzaga, o mestre lua,
filho de Januário e pai de Gonzaguinha, ou simplesmente o Gonzagão. Seja bem-vindo a uma serie de homenagens ao mais ilustre dos nordestinos, Luiz Gonzaga, o
rei do baião.
Um
sertanejo à frente do seu tempo, Luiz Gonzaga musicou a saga da vida no sertão nordestino
e ganhou o mundo com suas composições geniais. Nascido em 1912, na cidade de
Exu, Sertão de Pernambuco, o pequeno Luiz aprendeu com seu pai, o lavrador e
sanfoneiro Januário, a admirar, ouvir, tocar e respeitar a sanfona de oito
baixos.
Mas foi no Rio de Janeiro, na década de 40, que ele começou
a sua carreira depois de comprar uma sanfona fiado. Pediu dispensa do Exército,
onde ele serviu como voluntário por quase dez anos, e começou a mostrar a sua
música nas ruas e nos bares, encantando a nordestinos, a cariocas e ao resto do
Brasil. Porém, foi no programa de calouros de Ary Barroso, onde ele tocou Vira
e Mexe, recebeu nota máxima e começou a ganhar espaço na mídia.
Entre seus maiores sucessos, destaca-se Asa Branca (1947), que
ele compôs em parceria com Humberto Teixeira. A música é regravada até hoje por
diversos artistas influenciados direta e indiretamente pelo Rei do Baião, não
somente os forrozeiros, mas aqueles que captaram a riqueza de suas notas.
Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Geraldo Vandré são alguns dos
que fizeram releituras de obras do mestre.
Poeta , músico, instrumentista e acima de tudo um grande
nordestino, que lutou pelo sertanejo e até mesmo ajudou a pacificar a sua terra
natal Exu, Luiz Gonzaga do Nascimento, deixou um legado cultural inestimável
para o povo brasileiro e para a sua gente que se orgulha e sente saudades do
seu mais ilustre sertanejo. *
No ano do centenário
do rei do baião, os nordestinos enchem o peito e falam Luiz Gonzaga, me dar
Orgulho de ser nordestino , no mais, só nos resta fazer coro a sua canção:
‘Saudade assim faz doer e amarga que nem jiló, mas ninguém
pode dizer que me viu triste a chorar, saudade, o meu remédio é cantar...”.
LL
Texto: www.nacaocultural.pe.gov.br
Comentários