Quinto episódio tratando do tema Liberdade de expressão. É o lama Rinchen Khyenrab quem responde às seguintes perguntas:
1) A garantia constitucional de liberdade de expressão e de manifestações artísticas deve prevalecer mesmo quando envolve valores religiosos?
2) A religiosidade não se manifesta apenas nos templos e lugares sagrados, também está presente nas manifestações culturais laicas, mas muitas vezes como uma visão crítica. A religião sabe conviver com a liberdade expressão?
Christiane Torloni cita Platão: “Onde não há igualdade, a amizade não perdura”.
Boas as palavras do lama afirmando que a liberdade de expressão deve ser limitada pela ética do indivíduo e por seus valores religiosos de forma que a mesma seja usada no sentido construtivo e positivo, e não ofensivo, destrutivo. A partir disso aí podemos até deduzir que há um problema quando pessoas desprovidas de valores religiosos fazem uso de sua liberdade de expressão. Restaria a estas recorrer à sua própria ética. Mas será que essa ética consegue distinguir direito as coisas?
“Todos os valores religiosos devem ser norteados [dirigidos, orientados] à experiência de felicidade, contentamento e liberdade do ser humano”, disse o Rinchen ao responder à segunda pergunta. Isso confere com o cristianismo desde que a noção de liberdade do budismo seja a mesma nossa. De resto, a fala do lama repete a argumentação da resposta anterior.
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