Segundo episódio tratando do tema “Liberdade sexual (orientações de gênero, poligamia)”. Armando Saleh está incumbido de responder à questão “De que forma as crenças religiosas se adaptam aos novos comportamentos sexuais de homens e mulheres?” e à afirmação “A poligamia, apesar de ser condenada em algumas sociedades, é praticada e permitida em tantas outras culturas”. Stenio Garcia cita Sêneca: “Enquanto se vive é necessário aprender a viver”.
Olha só como é estranha a primeira pergunta feita ao xeique; o narrador já parte do pressuposto de que as crenças precisam (ou devem?) se adaptar aos novos comportamentos sexuais das pessoas!! Que ideia mais distorcida das coisas, hein?!
O Armando parece querer defender que a poligamia não é uma conduta tão errada assim em virtude de já ser praticada há muito tempo pelo homem. Mas se você reparar direitinho, ele usa essa afirmação para alegar que não foi o islamismo que a instituiu; ele apenas a aceitou e, mais tarde, a regularizou permitindo que a mesma se tornasse uma solução social.
Creio que o xeique falha ao afirmar que numa parte do Alcorão está a primeira lei de defesa da mulher conhecida pela humanidade. Entre os 10 mandamentos (Ex 20:2-17), que são mais antigos que a própria fé islâmica, estão duas leis de Deus afirmando que não se deve adulterar nem cobiçar a mulher do próximo. Isto não seria, além de recomendações contra o pecado, uma proteção da mulher não?
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