Israel é…
Aonde eu nasci. Onde eu chupei meu primeiro picolé e usei adequadamente o banheiro pela primeira vez. Onde muitos dos meus amigos de 18 anos gastam suas noites em bunkers dormindo vestidos com seus capacetes. Onde guardas de segurança é o único emprego com excedente. Onde desertos florescem e histórias de pioneiros são sentimentalizadas. Onde um espinhoso, e lindo cacto é o símbolo do idealismo Israelense. Onde imigrar para Israel é chamado de “ascender” e emigrar de Israel é chamado “decrescer”. Onde meus avôs não nasceram, mas aonde eles foram salvos.
Onde o ano passa com as temporadas das oliveiras, das amêndoas, das tâmaras. Onde os transgressivos pratos de porco ou caramão proclamam um desafio para um cardápio de Jerusalém. Onde, apesar de substanciosa exceção, secularismo é uma regra. Onde o vinho é religiosamente doce. Onde “casas árabes” é um termo imobiliário com nenhum senso de ironia. Onde existe um material infinito de humor negro. Onde existem incontáveis palavras para “incomodar”, mas nenhum ainda para “agradar”. Onde o riso é a moeda; piadas a religião. Onde partidos políticos se multiplicam mais rápido que a população. Onde se tornar religioso é descrito como “retornando para uma pergunta” e tornar-se secular “retornando para uma pergunta.”
Onde seis cidadãos ganharam o prêmio Nobel em 50 anos. Onde o primeiro que ganhou um ouro Olímpico foi em 2004 por navegação à vela (um Israelense também ganhou o bronze em judô). Onde existe neve duas horas ao norte e hamsin (vento do deserto) duas horas ao sul. Onde a Moisés nunca foi permitido caminhar, mas cujas ruas nós poluímos. Onde a língua na qual Abraão falou para Isaque antes dele ir para sacrificá-lo foi ressuscitada para incluir palavras para “suéter” e “schadenfreude” e “guerra química” e “coletiva de imprensa”. Onde cantam os almuadem e os sinos das igrejas soam e os shofares choram livremente no Muro. Onde os feirantes barganham. Onde os políticos barganham. Onde um dia haverá paz, mas nunca quietude.
Onde eu nasci; onde meu interior recusa abandonar.
Este texto é um excerto do livro de Alan Dershowitz: “What Israel Means to Me”
(O que Israel significa para mim), ainda sem tradução em português.
Vi no Amando o próximo
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