Pular para o conteúdo principal

A diferença entre amar e gostar




Às vezes a gente ama e gosta.

Outras vezes a gente ama, mas não gosta.

Mas o chamado de Jesus é para amar até quem não se gosta.

Não dá para ser saudável e gostar do inimigo, do perseguidor, do falsificador da vida.

Todavia, é possível amá-lo.

Esta é a aparente contradição de Jesus.

Sim, Ele amava a todos, mas não gostava de um monte de coisas; e, de certo modo, de um monte de gente. Mas amava. E ensinou que é possível e necessário amar, mesmo quando se aborrece alguém.

Às vezes se aborrece algo... Então é fácil separar as coisas. Mas outras vezes a coisa e pessoa se fundiram de tal modo que não dá para separar. Entretanto, mesmo assim, é possível amar; pois amor, nesse nível, não demanda sentimento, mas tão somente CONSCIÊNCIA.

Amar o adversário, o inimigo, o falsificador de Deus -- acontece assim, nessa dialética que só cabe no amor segundo Jesus.

A ira de Jesus é cheia de amor desgostoso e ferino como uma espada de dois gumes!

Não amar quando não se gosta, não nos é permitido!

Até o abomináveis precisam ser amados com oração!

No entanto, isso não significa ódio.

Apenas quem não conheceu ainda o Evangelho é que pensa que não gostar implica em não amar.

O amor por quem não se gosta não carrega nenhum prazer, e, por vezes, vem cheio de enfrentamento e denuncia, como se vê nas práticas de Jesus!

"Ai de vós fariseus" [Mt 23] - é uma fala de um amor desgostado, mas é amor!

Para os religiosos, todavia, amar implica em acordo ou em silêncio obsequioso, mesmo quando se desgosta de tudo.

Em Jesus, no entanto, não é assim....

Porém, ninguém entenderá isso sem que antes fique cheio do Espírito de Cristo!

Minha recomendação é uma só:

Leia os evangelhos de carreirinha e você entenderá. Lendo "fragmentos" você nunca entenderá o que Jesus não ensinou para ser fragmentado ou selecionado.

Quem me dera um dia você entendesse isso!

Até lá, eu digo com todo amor desgostado:

SOFREREI A SUA ESTUPIDEZ COM TODO AMOR E PACIÊNCIA!

Nele, que nunca não amou; e que nunca por amar deixou de dizer a verdade como as circunstâncias pediam; ora com denuncia explicita, ora com ironia ou sarcasmo, ora com o grito do inferno ungido pelo clamor do reino de Deus,

Caio

Fonte: Caminho da graça

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O escafandro e a borboleta

Uma dica de filme bacana, um motivacional apesar de não ser um filme cristão.     por Juliana Dacoregio   Impossível assistir a O escafandro e a borboleta (França/EUA, 2007) e não pensar em valorizar mais a própria vida. É o pensamento mais simplista possível, mas é também o mais sábio. Eu estava com um certo receio de assistir ao filme. Sabia do que se tratava e não queria sentir o peso da tragédia daquele homem. É uma história realmente pesada. E por mais que Jean Dominique Bauby – que, baseado em sua própria história, escreveu o livro homônimo que deu origem ao filme – conseguisse rir apesar de sua situação, o riso dele faz só faz aumentar o nosso desconforto, por ficar evidente que seu rosto permanece estático enquanto há emoções em seu interior.   Bauby se viu preso em seu próprio corpo em 1995, quando sofreu um derrame que o deixou totalmente paralisado e incapaz de falar. Apesar disso ele não teve sua audição e visão afetadas e suas faculdades mentais continuar

William Barclay, o falso mestre

  O texto a seguir foi traduzido por mim, JT. Encontrado em inglês neste endereço . As citações de trechos bíblicos foram tiradas da bíblia Almeida Revista e Atualizada (ARA).     William Barclay, o falso mestre Richard Hollerman Estamos convencidos de que muitas pessoas não percebem o quão difundido o falso ensinamento está em nossos dias. Elas simplesmente vão à igreja ou aceitam ser membros da igreja e falham em ter discernimento espiritual com respeito ao que é ensinado pelo pastor, pregador ou outro "sacerdote". Elas meramente assumem que tudo está bem; caso contrário, o quartel-general denominacional certamente não empregaria uma pessoa em particular para representar sua doutrina publicamente. Esta é uma atitude desgraçadamente perigosa a sustentar, uma que nos conduzirá de forma desencaminhada e para dentro do erro. Alguns destes erros podem ser excessivamente arriscados e conduzirão ambos mestre e ouvinte à condenação eterna! Jesus nos advertiu sobre os farise

O natal por Ed René kivitz

O Natal não é um só: um é o Natal do egoísmo e da tirania, outro é o Natal da abnegação e da diaconia; um é o Natal do ódio e do ressentimento, outro é o Natal do perdão e da reconciliação; um é o Natal da inveja e da competição, outro é o Natal da partilha e da comunhão; um é o Natal da mansão, outro é o Natal do casebre; um é o Natal do prazer e do amor, outro é o Natal do abuso e da infidelidade; um é o Natal no templo com orquestra e coral, outro é o Natal das prisões e dos hospitais; um é o Natal do shopping e do papai noel, outro é o Natal do presépio e do menino Jesus. O Natal não é um só: um é o Natal de José, outro é o Natal de Maria; um é o Natal de Herodes, outro é o Natal de Simeão; um é o Natal dos reis magos, outro é o Natal dos pastores no campo; um é o Natal do anjo mensageiro, outro é o Natal dos anjos que cantam no céu; um é o Natal do menino Jesus, outro é o Natal do pai dele. O Natal de José é o instante sublime quando toma no colo o Messias. A partir daquela primei