Sexto episódio tratando do tema “Liberdade sexual (orientações de gênero, poligamia)”. Nilton Bonder está incumbido de responder às questões “Como a religião encara uma vivência mais plena da sexualidade?” e “Numa sociedade que passa a aceitar uma liberdade sexual cada vez maior, ainda há espaço para o discurso religioso e espiritual?”. Nathalia Timberg traz a citação: “A liberdade consiste em fazer tudo o que não prejudique o próximo” que é o 4º artigo da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Na verdade, a primeira pergunta quer dizer “Como a religião encara uma vivência mais livre [ou libertina?] da sexualidade?”, e você nota isso atentando para a fala do narrador que vem logo antes, está claro. Observe que o uso da palavra “plena” é para que o discurso anterior às palavras do rabino passe a ideia de que o questionamento dos valores tradicionais e conservadores levou à superação de coisas ultrapassadas, caretas e “nada a ver” de forma a permitir às pessoas viverem uma sexualidade mais legal, agradável, prazerosa e sem limites tolos. Não concordam? É por isso que citaram o 4º artigo da DDHC lá em cima. Querem (a Globo, uma organização secreta, o inimigo?) nos fazer crer que se no exercício das fantasias sexuais mais loucas – ou no exercício da vida sexual dentro um relacionamento a dois – o(a) parceiro(a) concorda e sente prazer com o que é praticado, que mal há nisso? Perceberam? A resposta do Nilton, porém, apesar de curta, esclarece bem as coisas.
A resposta do Nilton à segunda pergunta é SIM, pois ele confessou que pessoas o procuram buscando aconselhamentos em relação ao assunto.
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