Hoje é iniciada mais uma rodada de episódios, e o tema do momento é Estado laico (limites entre religião e Estado; movimentos religiosos no Congresso Nacional). Armando Saleh está incumbido de responder às questões:
1) Da mesma forma que num governo laico o estado respeita todas as crenças, sem manifestar preferência por nenhuma, o certo não seria que a religião não interferisse na gestão pública?
2) É possível aos líderes religiosos que conquistam cargos políticos cumprir plenamente com o exercício democrático sem que a crença interfira nas questões de estado?
Stenio Garcia cita um provérbio africano: “A união do rebanho obriga o leão a ir dormir com fome”.
As perguntas feitas são bem apropriadas – e novamente digo que o ideal era que todos os representantes das religiões respondessem às mesmas questões. O problema, porém, é que foram feitas a um seguidor do islamismo, crença em que o estado e a religião se confundem. Uma prova disso está nas respostas do xeique. Nas duas questões o narrador refere-se ao estado laico (na primeira é explícito e na segunda fica implícito); entretanto, em seu posicionamento o Armando não separa uma coisa da outra – chega até a afirmar que o Estado sem religião é como um corpo sem alma.
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