O tema agora é Liberdade de expressão. Neste primeiro episódio o pastor Ricardo Gondim vem responder às seguintes perguntas:
1) As instituições religiosas estão abertas a críticas e ao diálogo mesmo quando feitas por outras religiões?
2) Nas produções artísticas o sagrado e o profano frequentemente se encontram. As abordagens muitas vezes se chocam com valores de diferentes crenças. Não deverá sempre prevalecer o princípio da liberdade de expressão?
Oscar Magrini cita Confúcio: “Ultrapassar os limites não é um erro menor do que ficar aquém deles”.
Dogmático = Que se expressa de forma sentenciosa, autoritária, doutoral (iDicionário Aulete)
“A luta pela vida, pela liberdade e pela justiça não é cristã; é humana”, afirmou o Gondim, mas certamente é algo implantado por Deus dentro de cada ser humano, como podemos ver lendo os primeiros capítulos da carta aos Romanos.
Segundo Gondim, não há arte sacra e arte profana, mas sim o que é bom e o que é ruim. Sua resposta, entretanto, não responde claramente à questão levantada. Ele não fala do perigo em se misturar, em alguns casos, o sacro com o profano – o perigo de confundir as mentes e criar um falso juízo das coisas. É que nem o perigo do ecumenismo.
Na segunda parte (a da segunda pergunta) devemos entender que o direito de livre expressão e opinião não significa que as partes contrárias não podem sequer se pronunciar a respeito para mostrar seu posicionamento e visão. O que nós, cristãos, não podemos fazer é assumir uma atitude fundamentalista de destruir as obras de arte ou tentar proibí-las de serem veiculadas, perseguir, combater ou ameaçar seus autores ou incitar o estado a aplicar penas nos mesmos. Afinal, se vivemos numa democracia, o direito de expressar opiniões é livre ainda que elas sejam contrárias ao que o povo tem por costumeiro e trivial. Devemos também nos mirar no exemplo de Cristo do qual o Gondim fala ao responder à primeira pergunta.
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