Primeiro episódio do novo tema: Destino ‘versus’ livre arbítrio. Assim como o tema Liberdade sexual, esse tema promete, hein?! Antônio Mazatto deveria aparecer neste vídeo, mas quem representa o posicionamento católico aqui é Maria Clara Bingemer, decana em Teologia e Ciências Humanas da PUC/RJ. É ela quem responde às seguintes perguntas:
1) Crer num destino pré-estabelecido inibe de alguma forma a ação do homem?
e
2) Imaginar que nossas vidas já foram traçadas, inclusive quando somos vítimas de tragédias, não estimula a prostração e a aceitação da violência e da injustiça social?
Tony Ramos cita Sêneca: “Alguns, sem terem dado rumo às suas vidas, são flagrados pelo destino esgotados, sonolentos”.
A resposta da Maria parece não satisfazer a dúvida da primeira pergunta. A passagem da vida de Abraão (quando ele foi chamado por Deus) não é lá bom um exemplo de livre arbítrio, pelo menos segundo o que o Mundo crê ser ‘livre arbítrio’ *. Se o fosse, Deus não deveria ter deixado Abraão escolher pra onde ir? Ou ter dito algo tipo “Abraão, eu te escolhi pra ser próspero e pai de uma nação faça o que você fizer. Apenas confie em mim”? Mas analisando a vida de Abraão toda vemos sim que ele participa de forma ativa na história. Ele aparece como coautor quando interfere no que Deus ia fazer com Sodoma e Gomorra (Gn 18:16-33), por exemplo, não é mesmo?
Brilhante a resposta à segunda pergunta! Mito destruído (do ponto de vista cristão)! Os não crentes gostam de nos atribuir o que está posto na pergunta, de forma a recair incorrer num argumento falacioso contra nossa fé – especificamente, a ‘falácia do espantalho’.
* Busque pela expressão no Google, por exemplo!
A título de curiosidade, você pode se interessar por ler estes textos da Superinteressante:
Em relação a textos cristãos tratando do livre arbítrio, não encontrei artigo algum que merecesse ser citado aqui, por enquanto.
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