Pular para o conteúdo principal

Sagrado (63º episódio): Religiões afro-brasileiras

Sétimo e último episódio tratando do tema “Liberdade sexual (orientações de gênero, poligamia)”. Valdina Pinto está incumbida de responder às questões “Para a sua religião (candomblé) há tabus intransponíveis?” e “Como as relações homossexuais são vistas pela sua religião (candomblé)?”. Juliana Paes cita Arthur Schopenhauer: “O mundo no qual cada um vive depende da maneira de concebê-lo, que varia, por conseguinte, segundo a diversidade das mentes”.
 
 
 
 
 
 
De todas as religiões/credos abordados na série, as afro-brasileiras (candomblé, no caso da Valdina) parece ser a que menos impõe limites e regras, como se pode notar das palavras de sua representante. Você pode ter o comportamento sexual que for, banda-voou*, que eles te aceitam e não te encorajarão a mudar; basta que você faça a vontade das divindades. As religiões afro-brasileiras nem mesmo possuem livros sagrados – você sabia? – e a Valdina diz que a crença foi reconstruída, refeita, em algum momento aqui no Brasil. Crenças que, a exemplo do espiritismo e do budismo (veja aqui), andam se reformulando (se adaptando?) merecem tanta confiança?
 
* banda-voou = Cuca fresca, pessoa largada; quem topa tudo [segundo o Só se vê na Bahia, mas, apesar do nome do site, a expressão também é comum aqui em Alagoas]

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

William Barclay, o falso mestre

  O texto a seguir foi traduzido por mim, JT. Encontrado em inglês neste endereço . As citações de trechos bíblicos foram tiradas da bíblia Almeida Revista e Atualizada (ARA).     William Barclay, o falso mestre Richard Hollerman Estamos convencidos de que muitas pessoas não percebem o quão difundido o falso ensinamento está em nossos dias. Elas simplesmente vão à igreja ou aceitam ser membros da igreja e falham em ter discernimento espiritual com respeito ao que é ensinado pelo pastor, pregador ou outro "sacerdote". Elas meramente assumem que tudo está bem; caso contrário, o quartel-general denominacional certamente não empregaria uma pessoa em particular para representar sua doutrina publicamente. Esta é uma atitude desgraçadamente perigosa a sustentar, uma que nos conduzirá de forma desencaminhada e para dentro do erro. Alguns destes erros podem ser excessivamente arriscados e conduzirão ambos mestre e ouvinte à condenação eterna! Jesus nos advertiu sobre os fa...

O escafandro e a borboleta

Uma dica de filme bacana, um motivacional apesar de não ser um filme cristão.     por Juliana Dacoregio   Impossível assistir a O escafandro e a borboleta (França/EUA, 2007) e não pensar em valorizar mais a própria vida. É o pensamento mais simplista possível, mas é também o mais sábio. Eu estava com um certo receio de assistir ao filme. Sabia do que se tratava e não queria sentir o peso da tragédia daquele homem. É uma história realmente pesada. E por mais que Jean Dominique Bauby – que, baseado em sua própria história, escreveu o livro homônimo que deu origem ao filme – conseguisse rir apesar de sua situação, o riso dele faz só faz aumentar o nosso desconforto, por ficar evidente que seu rosto permanece estático enquanto há emoções em seu interior.   Bauby se viu preso em seu próprio corpo em 1995, quando sofreu um derrame que o deixou totalmente paralisado e incapaz de falar. Apesar disso ele não teve sua audição e visão afetadas e suas faculdade...

O Natal por Caio Fábio

NATAL CONFORME A NATA DE CADA ALMA Paulo disse que não era mais para se guardar festas religiosas como se elas carregassem virtude em si mesmas. Assim, as datas são apenas datas, e as mais significativas são aquelas que se fizeram história, memória e ninho em nós. Ora, o mesmo se pode dizer do Natal, o qual, na “Cristandade”, celebra o “nascimento de Jesus”, ou, numa linguagem mais “teológica”, a Encarnação. No entanto, aqui há que se estabelecer algumas diferenciações fundamentais: 1. Que Jesus não nasceu no Natal, em dezembro, mas muito provavelmente em outubro. 2. Que o Natal é uma herança de natureza cultural, instituída já no quarto século. De fato, o Natal da Cristandade, que cai em dezembro, é mais uma criação de natureza constantiniana, e, antes disso, nunca foi objeto de qualquer que tenha sido a “festividade” da comunidade dos discípulos originais. 3. Que a Encarnação, que é o verdadeiro natal, não é uma data universal — embora Jesus possa ter nascido em outubro —, mas sim um...