Li
esses dias sobre olhar para o mundo sem os crivos das “denominacionalidades” e
suas inusitadas formas tradicionais ou contemporâneas. No texto, a autora se
sentia cansada de termos e títulos que mais atrapalham do que ajudam, de
certificados que só provam que o que fazemos é mera preocupação com o que os
outros vão dizer e não tem o sentido profundo e real daquilo que estamos
fazendo.
Eu
admito que não sei ainda pensar fora da caixa religiosa, ainda não consigo
olhar pras gentes sem classificá-las por isso ou aquilo. Ainda tenho a péssima
mania de dividir judeus e não judeus, crentes e não crentes, diluindo meu pre
conceito sobre alguém pelo mero título que carrega, como se faz com um negro ou
com uma etnia diferente. Nós é que chamamos e pensamos por classes, Deus não vê
assim, para Ele existem gentes e só.
Todas
as gentes precisam de Deus, mesmo o crente que eu encontro no evangelismo
precisa de algo de Deus, ele não se faz perfeito e incorrigível ou mesmo
completo por ser crente, assim como eu não me faço pronto e de tudo conhecedor
por ser missionário. Como seria perfeito se pudéssemos viver fora da terrível
caixa que montamos e nos escondemos.
Jesus
não veio criar uma religião, nem mesmo se declarou cristão, apenas veio e nos ensinou
a viver. As boas novas são a religião de Jesus, o cristianismo é a religião dos
homens. Para entender as boas novas precisamos de relacionamento com Deus, e
dEle temos a destra fiel para que sejamos em tudo acompanhado, estado de alma
onde tudo é pessoal, é íntimo, é pleno. Por esse modo de vida não estar pronto
em 3 minutos, os homens criaram a “denominacionalidade”, onde tudo é mais fácil
de controlar, onde regras caem direitinho e se sobressaem no território das
dúvidas e incertezas. É mais fácil proibir do que caminhar junto.
Caminhar
significa sentir o cheiro, cansar-se, bater de frente, machucar-se, perdoar,
recomeçar, enfim. Enquanto regrar significa dizer uma só vez e esperar a
obediência cega e ignorante, sob o pretexto de não se poder tocar no “ungido do
Senhor” para não ser taxado de rebelde e insensato. Poderia estar falando de
Hitler, Stalin, Mussoline ou mesmo de um reino distante daqui, mas infelizmente
encontro esse sistema de governo bem mais perto, bem mais intragável, bem mais
sutil e camuflado de santidade.
Vejo
igrejas perdendo tempo com partidarismos, discutindo se deve usar saia ou
calça, se deve ou não cortar o cabelo, se fala em língua ou não, se canta em pé
ou sentado, se bate ou não palmas, se dá a “paz do Senhor” ou “graça e paz”.
Saibam que enquanto isso acontece, índios pelados estão recebendo o evangelho e
fazendo rituais sinceros para Deus, tribos são redimidas pelo sangue do cordeiro
e iniciam uma nova forma de exercitar sua cultura.
Deixemos
de nos portar como políticos partidários que investem tempo para ganhar alguns,
com o argumento de que tem propostas melhores que outros, sejamos UM. Deixemos
de lado os títulos, as fogueiras santas, os cultos das bênçãos, vamos viver o
evangelho. Se você acha que o maior presente que Deus tinha para você era a
salvação por meio da morte de Jesus, então precisa experimentar o que Ele
preparou para ser usufruído por meio da vida exemplar de Jesus. Olhe pra Jesus,
por favor! Olhemos para Ele! “Vejamos com apreço seu andar, pois é a imagem
perfeita da verdade”.
Não
se engane, eu não vivo tudo que aqui falei, mas convoco você para viver junto
comigo, pois Cristo é o cabeça do corpo, ou seja, Ele reina quando estamos
juntos. Não apenas para um culto, mas em um propósito específico: amar a todos,
sem distinção. Isso sim é loucura. Isso sim é revolução. Vamos fazer um
protesto? kkkkk
Amilton Joaquin
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