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A única coisa que importa saber



Deus é amor. E amor é o que todo ser humano quer. Portanto, quando alguém quer amor/amor, tal pessoa quer Deus, mesmo que não saiba.
Assim é que João, um dos apóstolos de Jesus, já idoso, mais ou menos aos 90 anos de idade, resumiu tudo o que de Deus em Cristo Jesus aprendeu e apreendeu, apenas dizendo:
Deus é amor. Quem ama é nascido de Deus e naturalmente conhece a Deus. Mas como Deus é amor e tanto Deus quanto o amor são invisíveis e inconfiáveis  o único modo de se expressar o amor a Deus e à tudo quanto seja Vida em Deus, é amando o próximo e a toda a criação do Criador/Pai.
Desse modo é que se pode dizer que se Deus tem uma religião, ela tem apenas Um Dógma: amor segundo Deus.
Ora, o amor segundo Deus é entrega. Para Deus amar é dar vida e até a própria vida!
Entretanto, esse amar/dar/vida só se torna significativo no encontro do homem com outro humano ou com outra criatura, ainda que menor supostamente na percepção do existente.
O homem não tem como amar a Deus sem ser através do próximo!
Eu só expresso amor se minha vida for uma dádiva ao mundo no qual eu habito; seja esse mundo do tamanho que seja; grande ou pequeno; ou mesmo ínfimo.
Não adianta amar o Infinito se não se ama o finito!
O amor ao Infinito só é possível aos humanos como amor ao finito!
Afinal, de acordo com o espírito do Evangelho, quem não ama o pequeno, não ama o grande, assim como quem não é fiel no pouco, não é fiel no muito.
Desse modo se reconhece um filho de Deus: pela sua existência em estado de entrega ao amor como serviço sincero aos vivos e à vida.
E para que isto aconteça basta que a pessoa se dê em amor onde quer que esteja!
Em certas pessoas isto só acontece quando são chocadas pela pregação do Evangelho e se convertem. Há outras, todavia, que nunca tiveram essa informação, mas cresceram segundo o caráter dela, da informação. Com certeza apenas por causa de um segredo de Deus inexplicavelmente falado no silêncio de seus corações sinceros. Esses são os filhos de Deus que os religiosos insistem em chamar de “criaturas” de Deus, a fim de diferenciar um humano do outro; ou seja: o religioso do não religioso, ou do indiferente à religião.
O Pai, no entanto, sabe quem são os Seus filhos apenas e tão somente pela prática da fé que atua pelo amor, mesmo que tal fé na vida em amor não decorra de um ensino direto do corpo organizado do Evangelho.
Ora, isto é tudo que os “crentes” não gostam, ou mesmo abominam. Sim, pois tal liberdade de Deus lhes mata o discurso de “poder e detenção” da verdade e de sua aplicação “conquistadora” na existência do próximo.
Foi por esta razão que alguns entenderam no passado que a igreja — como ente social e visível — tem a muitos que Deus não tem; ao mesmo tempo em Deus tem muitos que a igreja não permite entrar.
Ou seja: a igreja pode estar cheia de gente sem Deus, enquanto Deus é Deus de muita gente sem “igreja”!
Nele, porém, todos os que são do amor, são da Igreja!
Nele, do mesmo modo, todos os que não são do amor, não são Dele; ainda que tenham igreja entre os homens.
É esta realidade prática do amor como confissão encarnada da fé que os “crentes” abominam; pois é melhor dizer que se crê num corpo de doutrinas do que entregar o corpo/ser para ser a encarnação do dogma de Deus: o amor.
Se o Evangelho não produz esse fruto em mim, saiba: é porque em mim o Evangelho de Deus não habita… ainda.
Nele,
Caio
fonte: site  Caio Fábio

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