Terceiro episódio tratando do tema Liberdade de expressão. O rabino Sérgio Margulies vem responder às seguintes perguntas:
1) Usar a religião como um limite não é uma forma de autoritarismo?
2) O mundo intelectual, artístico e cultural geralmente trabalha com valores distintos dos religiosos. Mas isso pode justificar algum tipo de censura?
Nathalia Timberg cita Machado de Assis: “A verdade sai do poço sem indagar quem se acha às bordas”.
Faltou ao narrador contextualizar a primeira pergunta! Apesar de antes de formulá-la ele falar do direito garantido pelo estado, não fica claro se a pergunta é também falando do governo (usando a religião como código regulador) ou se ele fala das religiões impondo limites aos próprios membros ou aos outros . Partindo do ponto de que o governo brasileiro é laico entende-se que a pergunta trata do segundo caso, o das religiões querendo impor limites. O rabino mostra que o judaísmo não é contrário à liberdade de expressão, mas que apenas se opõe ao uso abusivo dessa liberdade por alguém para dizer o que bem entender sem medir consequências.
O judaísmo crê que a religião não deve censurar outras manifestações em virtude de ser influenciadora delas e de também ser influenciada por elas; tudo está interligado. A verdade prática que observamos é que a censura feita pela religião só é lícita quando aplicada aos seus próprios membros, seguidores. Tentar impor seus limites a quem está de fora é forçar a barra, não é verdade?
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