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Sagrado (85º episódio): Espíritas

O tema da nova rodada de episódios agora é Vida após a morte. O representante do espiritismo, Cesar Reis, é o primeiro a falar. Ele responde às perguntas:
1) A morte física é o fim de uma vida?
e
2)  Enxergar luzes, ter visões e encontro com amigos ou parentes falecidos – tudo isso relatado por quem teve experiência de quase morte – é aceito pela religião como provas de que existe vida após a morte?
 
Carlos Vereza cita Gustave Flaubert: “Talvez a morte tenha mais segredos para nos revelar que a vida”.
 
O vídeo não se encontra disponível – ainda – no site de vídeos da Globo. Então assista no site da série. Clique na imagem abaixo e selecione o vídeo do dia 29/01/2010.
 
 
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A primeira pergunta deveria ser “ A morte física é fim da existência?”, né não? Ao que parece, ambos os questionamentos foram especialmente escolhidos para deixar o espiritismo bem à vontade para apresentar seus pontos de vista. Vamos ver se este mesmo tipo de questão (ou as mesmas questões) serão feitas aos representantes das outras crenças.
 
O Cesar apresenta uma afirmação falaciosa para defender que existe vida após a morte. Só porque muitas pessoas relatam terem passado por experiências de quase-morte dizendo terem visto parentes e amigos mortos isso não quer dizer que seja verdade o que o espiritismo prega. Aliás (tá certo que não sou entendido em espiritismo), mas se eles dizem que reencarnamos depois de morrer, não deveria se falar de ‘vida após a morte’, mas sim de ‘vida após vida’, não?
 
É difícil engolir essa afirmação do Cesar de que laboratórios de pesquisa científica têm alguma informação que comprove a existência de vida após a morte. Podem até existir laboratórios/cientistas por aí pesquisando o assunto, mas dizer que as ciências estão mergulhadas no tema aí já é forçar a barra. O fato é que a ciência não tem autoridade nenhuma para falar de assuntos espirituais. Seus métodos não se aplicam ao mundo espiritual. Também não vivemos momento luminoso algum, como afirma o Cesar, onde há encontro da aspiração religiosa com a constatação científica. Se for repararmos direito, possivelmente encontraremos que a ciência nunca foi tão inimiga da fé como nos dias de hoje. O próprio meio científico, em algumas áreas, se opõe a quem manifesta alguma crença religiosa. Cientistas cristãos têm sido demitidos de seus cargos em universidades e centros de pesquisa ou relegados ao esquecimento por terem posicionamento religioso que “possa” influenciar em seu “pensamento científico”.

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