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Hulk, Bruce e Eu...


Essa semana fui ao cinema ver o Incrível Hulk. E que me perdoem os fãs de Ang Lee (a internet esta cheia deles), a versão de Louis Leterrier e Edward Norton é bem superior à anterior. O filme tem a carga dramática necessária ao personagem e ação na medida certa. Só achei uma pena, porque pelo que eu li por aí, o Edward Norton queria fazer um filme mais longo do que o que vimos, “mais cabeça”, e isso seria fantástico, mas no geral, o Incrível Hulk foi realmente INCRIVEL!

A sensação que tive dentro do cinema foi a de estar lendo uma HQ do gigante esmeralda. A atuação de Edward Norton é espetacular. Ele conseguiu absorver a essência do personagem. Ah! E ver Liv Tyler é sempre um prazer a parte.

Com várias referências às Histórias do Hulk e baseada nas evolução do personagem nos últimos anos, e, principalmente, incorporando vários conceitos criados na antiga série de TV dos anos 80, O Incrível Hulk traz finalmente o conceito original do personagem ao cinemas: O Hulk não é um herói, mas um erro, um fardo que o cientista Bruce Banner tem que carregar ao tempo que tenta desesperadamente se livrar deste.

O Hulk sempre foi um dos meus personagens preferidos e o conceito da maldição que ele carrega e do conflito homem e monstro é fascinante. Acredito que todos temos o nosso Hulk interior lutando para sair o tempo todo.

Talvez o Hulk seja a melhor metáfora para um cristão. Afinal, não é tão difícil fugir da aparência do mau. Como fugir se aquilo do que se foge está dentro de você? Na melhor hipótese você pode sufocá-lo, controlá-lo, mas não fugir.

A luta de Bruce para conter o mostro dentro de si é semelhante à luta do cristão para esmagar a natureza pecaminosa que está dentro de nós.

Ok! sei que temos o Espírito para nos ajudar, mas se não vigiarmos e nos descuidarmos só por um momento, o Hulk esmagado dentro de nós vem à tona de uma maneira incontrolável e tal qual a Bruce Banner acordamos nus e perdidos em meio a destroços de nossa natureza caída.

E esse conflito é o que mais me facina e me identifica com o personagem; tal
como Bruce tenho que estar atento a todo instante para não despertar a fera dentro mim.
Para Bruce, em sua busca constante pela cura, o preço do controle do monstro é a fuga constante de conflitos enquanto aquela não vem.
E para nós cristãos, enquanto o aguardado Dia do Senhor não vem, o preço do controle é a vigilância constante.

Gonzaga Soares

Pense nisso e assista o filme no cinema, pois ele merece isso.


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