Seleção brasileira orando na final da Copa das Confederações 2009
(AP Phot/Themba Hadebe via Abril).
Tão querendo proibir manifestações de fé nos gramados do futebol. Muitos têm se incomodado com as demonstrações de fé dos jogadores e têm se pronunciado manifestando visões um tanto preconceituosas e desvirtuadas – pelo menos em alguns pontos. Vê só aí abaixo uma crônica do Luís Fernando Veríssimo.
O deus das trincheiras
Dizem que na Primeira Guerra Mundial, durante as tréguas de Natal, de uma trincheira se podiam ouvir as comemorações na trincheira inimiga. Nos dois lados cantavam hinos cristãos e havia sermões e imprecações a Deus, que era o mesmo para os dois lados, mesmo que as religiões não fossem as mesmas. Os capelães militares sempre tiveram a dura tarefa de convencer as tropas e a si próprios de que o Deus a que rezavam lhes daria a vitória. Já que não podiam dizer que cada lado tinha o seu Deus e o deles era mais forte, inferiam que o Deus invocado era único mas tinha seus gostos, e os preferia. Deus torcia por eles, não importava o que dissessem os capelães do inimigo.
Veja também:
◙ A fé incomoda (também falando da seleção brasileira)
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