
Uma maravilhosa reflexão da blogueira Andréa Cerqueira do Telegrama Mix , sobre a propaganda anti Dilma e pró – Serra que tem invadido nossos e-mais, orkut , twitter, facebook etc.
Quando os debates sobre um assunto são bons, eu aprecio. Dizem que futebol, religião e política não se discutem, mas eu discordo. Quando é boa, a troca de ideias enriquece e não fujo desse tipo de discussão. Mas quando algumas pessoas se comportam apenas como “papagaios” repetindo frases prontas, como por exemplo, sobre esse vídeo do pastor batista (Paschoal Piragine – mais de um milhão de acessos no YouTube) e outros do mesmo gênero, eu caio fora.
Acho uma falta de senso tão grande receber dezenas de mensagens no email, orkut , twitter, facebook eetc. sobre isso. Por que antes de reenviar para uma lista de contatos as pessoas – especialmente os crentes – não avaliam o conteúdo para checar as informações? Por que não pensam a respeito antes de reproduzirem como verdade “absoluta” a opinião de pastores e outros? Alguém está a “salvo” de emitir opinião equivocada quando se trata de fé, política ou mesmo futebol?
Discutir e avaliar sua posição política é saudável. Mas sem fundamentalismo radical, porque senão é só perda de tempo. E é pior se for agravado pelo fundamentalismo religioso. Ninguém é obrigado a concordar com você e se as pessoas quiserem sua opinião sobre em quem devem ou não votar, elas irão te perguntar.
Agora, sobre se “institucionalizar a iniquidade” em nosso país sob a “ameaça” de que Deus irá julgar nossa nação, pense um pouco: Será que já não há motivos mais que suficientes para Deus fazê-lo, caso queira? Sinceramente não acredito que é possível discutir regulamentação de direitos civis de homossexuais, legalização do aborto, células tronco, pedofilia, pobreza e outros assuntos nivelando-os todos no mesmo patamar. Você assistiu e entendeu bem aquele trecho do vídeo em que um ativista gay discursa na marcha, dizendo para o pessoal não votar em fundamentalistas religiosos? Pare e pense um pouco: precisamos de gente limitada pela religião no poder público ou precisamos de pessoas sérias e comprometidas com o melhor para o nosso povo a despeito de suas crenças religiosas?
E que tal refletirmos um pouco sobre os pecados da Igreja? São poucos os escândalos? E os privilégios que algumas denominações recebem por ter um de seus membros ocupando cargos políticos ou de favorecer determinados candidatos? Os políticos-crentes fizeram alguma diferença significativa em suas gestões nos últimos oito anos em nossa nação? Nos últimos vinte? Quais foram os grandes feitos da bancada evangélica no Congresso? Esquecemo-nos da “oração da propina”?
E por fim, apontar os “pecados da sociedade pós-moderna” e não tratar seus próprios pecados não é também omitir-se e lavar as mãos? Não importa em qual partido ou candidato você irá votar, faça-o conscientemente. Fica o convite para a reflexão.
“A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça por toda parte.” (Martin Luther King Jr.)
Quando os debates sobre um assunto são bons, eu aprecio. Dizem que futebol, religião e política não se discutem, mas eu discordo. Quando é boa, a troca de ideias enriquece e não fujo desse tipo de discussão. Mas quando algumas pessoas se comportam apenas como “papagaios” repetindo frases prontas, como por exemplo, sobre esse vídeo do pastor batista (Paschoal Piragine – mais de um milhão de acessos no YouTube) e outros do mesmo gênero, eu caio fora.
Acho uma falta de senso tão grande receber dezenas de mensagens no email, orkut , twitter, facebook eetc. sobre isso. Por que antes de reenviar para uma lista de contatos as pessoas – especialmente os crentes – não avaliam o conteúdo para checar as informações? Por que não pensam a respeito antes de reproduzirem como verdade “absoluta” a opinião de pastores e outros? Alguém está a “salvo” de emitir opinião equivocada quando se trata de fé, política ou mesmo futebol?
Discutir e avaliar sua posição política é saudável. Mas sem fundamentalismo radical, porque senão é só perda de tempo. E é pior se for agravado pelo fundamentalismo religioso. Ninguém é obrigado a concordar com você e se as pessoas quiserem sua opinião sobre em quem devem ou não votar, elas irão te perguntar.
Agora, sobre se “institucionalizar a iniquidade” em nosso país sob a “ameaça” de que Deus irá julgar nossa nação, pense um pouco: Será que já não há motivos mais que suficientes para Deus fazê-lo, caso queira? Sinceramente não acredito que é possível discutir regulamentação de direitos civis de homossexuais, legalização do aborto, células tronco, pedofilia, pobreza e outros assuntos nivelando-os todos no mesmo patamar. Você assistiu e entendeu bem aquele trecho do vídeo em que um ativista gay discursa na marcha, dizendo para o pessoal não votar em fundamentalistas religiosos? Pare e pense um pouco: precisamos de gente limitada pela religião no poder público ou precisamos de pessoas sérias e comprometidas com o melhor para o nosso povo a despeito de suas crenças religiosas?
E que tal refletirmos um pouco sobre os pecados da Igreja? São poucos os escândalos? E os privilégios que algumas denominações recebem por ter um de seus membros ocupando cargos políticos ou de favorecer determinados candidatos? Os políticos-crentes fizeram alguma diferença significativa em suas gestões nos últimos oito anos em nossa nação? Nos últimos vinte? Quais foram os grandes feitos da bancada evangélica no Congresso? Esquecemo-nos da “oração da propina”?
E por fim, apontar os “pecados da sociedade pós-moderna” e não tratar seus próprios pecados não é também omitir-se e lavar as mãos? Não importa em qual partido ou candidato você irá votar, faça-o conscientemente. Fica o convite para a reflexão.
“A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça por toda parte.” (Martin Luther King Jr.)
Fonte: Telegrama Mix
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