Pular para o conteúdo principal

Se quiser falar com Deus

 
Quando quiser falar com Deus, lembre-se...
 
1°) pensar que vale mais a oração de muitas pessoas do que a de uma só. "A oração de um justo...", diz Tiago (5.16);

2°) pensar que vale mais a oração de 1 hora do que a oração de 1 minuto. Não é pelo muito falar que seremos ouvidos (Mt 6.7); leia a oração de Elias em 1Re 18.36-37 e conte os segundos que foram necessários para Elias fazê-la;

3°) pensar que vale mais a oração feita de madrugada do que a que é feita em qualquer outra hora. Que base bíblica existe para se pensar assim?;

4°) promover "corrente de oração" imaginando que oração assim feita terá mais força diante de Deus;

5°) promover "plantão de oração" como se esse fosse um meio seguro para sermos atendidos. Essas práticas são como os modernos "lobbies" que muitas pessoas fazem em torno de governantes e políticos para os pressionarem e reivindicarem algo que desejam.

6°) É errado e muito comum, dizer-se que alguém “precisa de nossas orações". Não! Nós é que precisamos orar e ser solidários com tal pessoa em sua necessidade; Deus está atento às necessidades dessa pessoa!;

7°) supor que alguma posição do corpo tornará oração mais eficaz, como orar ajoelhado, ou de olhos fechados, ou prostrado, ou de mãos erguidas;

8°) pensar que a oração feita em alta voz será ouvida por Deus (Deus não é surdo);

9°) pensar que ''vigília'' feita por um ou por muitos irmãos, uma noite inteira, certamente moverá Deus e O convencerá a atender-nos. Nada disso tem base bíblica! Não existe "oração forte ou poderosa", nem "pessoa poderosa na oração"; tudo isso é crença e prática pagã.

Porventura temos nós "direitos adquiridos" para reivindicá-los ou exigi-los de Deus? Embora não exista base bíblica real, segura, para tais disparates, há muitas pessoas no meio evangélico ensinando-os, inclusive insinuando-se como sendo elas as pessoas que podem conseguir tudo de Deus. Muitas vezes são charlatães e não só pessoas incultas e mal instruídas. Usam até a oração para promoção pessoal, e exploração!

Certamente uma pessoa pode orar sozinha ou com um grupo de mil pessoas, se quiser; pode orar quanto tempo quiser, a qualquer hora do dia ou da noite; pode convocar a igreja ou o povo para orar; pode orar ajoelhada ou prostrada com a cabeça tocando o chão, ou com as mãos erguidas, mas não deve pensar que isso se tomará em um clamor irresistível, eficiente e agradável a Deus; ela pode gritar (se estiver sozinha), chorar ou emocionar-se profundamente, mas não deve pensar que por isso Deus a atenderá. Devemos ser autênticos na oração. Deus nos dá liberdade para falarmos individualmente ou coletivamente com Ele, mas não nos autoriza a pensar que poderemos mudar a Sua vontade. Leia-se Ml 3.6 e Tg 1.17.

Práticas erradas, de inspiração pagã, nos afastam de Deus. Não ore como oraram os profetas de Baal. Siga o ensino simples e claro de Cristo em Mt 6.5-13; atente para Is 42.1-2 e 8.

Não caia na armadilha de um "outro evangelho" antropocêntrico, humanista, oposto ao Evangelho, que é Cristocêntrico. Rejeite tudo o que não tem claro e explícito fundamento bíblico. Tenha uma fé sadia, doutrinariamente correta. "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” - 1Tm 4.16.

Fonte: Rubens Osório via Fraternus (com modificações na estrutura do post original)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

William Barclay, o falso mestre

  O texto a seguir foi traduzido por mim, JT. Encontrado em inglês neste endereço . As citações de trechos bíblicos foram tiradas da bíblia Almeida Revista e Atualizada (ARA).     William Barclay, o falso mestre Richard Hollerman Estamos convencidos de que muitas pessoas não percebem o quão difundido o falso ensinamento está em nossos dias. Elas simplesmente vão à igreja ou aceitam ser membros da igreja e falham em ter discernimento espiritual com respeito ao que é ensinado pelo pastor, pregador ou outro "sacerdote". Elas meramente assumem que tudo está bem; caso contrário, o quartel-general denominacional certamente não empregaria uma pessoa em particular para representar sua doutrina publicamente. Esta é uma atitude desgraçadamente perigosa a sustentar, uma que nos conduzirá de forma desencaminhada e para dentro do erro. Alguns destes erros podem ser excessivamente arriscados e conduzirão ambos mestre e ouvinte à condenação eterna! Jesus nos advertiu sobre os fa...

Deus pegou no meu bilau

Bom pessoas e mudando um pouco de assunto, deixo pra vocês um texto muito bom do Marcos Botelho , leia e não esqueça de comentar. É lógico que você ficou escandalizado com o título desse artigo, não era para ser diferente, você é um brasileiro que cresceu com toda cultura e tradição católica latino americana onde os órgãos sexuais são as partes sujas e vergonhosas do corpo humano. Mas não é assim que Deus vê e nem que a bíblia fala do seu e do meu órgão sexual, a bíblia está cheia de referências boas sobre o sexo e sobre os órgãos sexuais, mesmo percebendo claramente que os tradutores tentaram disfarçar. Na narração de Gênesis 2.7 vemos Deus esculpindo o homem do barro, isso foi um escândalo para os outros povos e religiões, principalmente para os gregos que acreditavam que nenhum deus poderoso poderia tocar na matéria, principalmente no barro como um operário fazia. Hoje não temos a dificuldade de acreditar que Deus, na criação, sujou a mão de barro, mas temos tremenda dificuldade d...

O que aprendi com Esaú

Por Gonzaga Soares Gosto dos coadjuvantes da bíblia. Me identifico com eles, não sei ao certo o motivo. Talvez por não estarem sob os holofotes da trama, na qual figuram em plano secundário. Na historia dos gêmeos bíblicos, o foco narrativo é centrado em Jacó, restando a Esaú o papel de coadjuvante na trama de seu irmão. Todos conhecem a historia de Jacó, um relato bíblico cheio de intrigas, trapaças, traições e temor. Desde da primeira vez que li o texto bíblico, simpatizei com Esaú, que diante da traição da mãe e do irmão, sempre demostrou um caráter admirável. E como em um filme ou romance literário em que você torce pelo mocinho, que sofre com as maldades do vilão, eu torcia para que no final da história Esaú desse uma boa sova em Jacó. No entanto, o final da história é surpreendente e contraria todos os romance e filmes, em uma manifestação de pura graça.  Quando Jacó resolve regressar do seu exílio de vinte anos imposto pelo pecado que cometera contr...