Pular para o conteúdo principal

Sagrado (69º episódio): Religiões afro-brasileiras

Sexto episódio tratando do tema Estado laico (limites entre religião e Estado; movimentos religiosos no Congresso Nacional). Valdina Pinto está incumbida de responder à questão:
1) O estado deve ser neutro em relação à religião. Mas é isso que acontece na nossa realidade?
e comentar a afirmação:
2) O estado tem primariamente a função de zelar pela qualidade de vida e pelo bem-estar social do indivíduo. A religião, por sua vez, preza ainda o bem-estar espiritual. No entanto, a interação entre estado e religião sempre tem promovido a divisão das sociedades.
 
Juliana Paes cita um provérbio brasileiro: “De nada adianta o vento estar a favor se não se sabe para onde virar o leme”.
 
 
 
 
 
 
As palavras da Valdina foram simples e curtas, hein? Entretanto, na primeira parte a fala da Valdina parte do princípio de que o Brasil tem uma religião oficial, quando, pela Constituição, não há. Isso até já comentei no episódio 65 (o dos católicos).
 
A segunda parte já começa com uma afirmação meio falaciosa, creio eu, por parte do narrador: “(…) a interação entre estado e religião sempre tem promovido a divisão das sociedades”. Isso sempre aconteceu em países muçulmanos, por exemplo, onde o estado se confunde com a religião*? Em seu comentário, a Valdina defende – seria apenas opinião pessoal dela? – que as religiões devem estimular o indivíduo a lutar pelos seus direitos, pelo seu bem-estar na sociedade, e exigir que o estado cumpra seu dever. Esse não parece ser, entretanto, um dos ideais da fé cristã, não é mesmo? Jesus mesmo veio para estabelecer [e nos convidar a participar de] um reino que está acima de qualquer governo e Paulo nos estimulou (1 Tm 2:1-2) a orar pelas autoridades, e não a pressioná-las ou almejarmos seus cargos. Lutar por direitos seus e dos outros parece ser mais um dever (ou direito?) a ser cultivado durante a educação/formação de cada indivíduo como participante de uma sociedade organizada**, não?
 
* Veja o episódio 64
** Veja o episódio 66

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O escafandro e a borboleta

Uma dica de filme bacana, um motivacional apesar de não ser um filme cristão.     por Juliana Dacoregio   Impossível assistir a O escafandro e a borboleta (França/EUA, 2007) e não pensar em valorizar mais a própria vida. É o pensamento mais simplista possível, mas é também o mais sábio. Eu estava com um certo receio de assistir ao filme. Sabia do que se tratava e não queria sentir o peso da tragédia daquele homem. É uma história realmente pesada. E por mais que Jean Dominique Bauby – que, baseado em sua própria história, escreveu o livro homônimo que deu origem ao filme – conseguisse rir apesar de sua situação, o riso dele faz só faz aumentar o nosso desconforto, por ficar evidente que seu rosto permanece estático enquanto há emoções em seu interior.   Bauby se viu preso em seu próprio corpo em 1995, quando sofreu um derrame que o deixou totalmente paralisado e incapaz de falar. Apesar disso ele não teve sua audição e visão afetadas e suas faculdades mentais continuar

William Barclay, o falso mestre

  O texto a seguir foi traduzido por mim, JT. Encontrado em inglês neste endereço . As citações de trechos bíblicos foram tiradas da bíblia Almeida Revista e Atualizada (ARA).     William Barclay, o falso mestre Richard Hollerman Estamos convencidos de que muitas pessoas não percebem o quão difundido o falso ensinamento está em nossos dias. Elas simplesmente vão à igreja ou aceitam ser membros da igreja e falham em ter discernimento espiritual com respeito ao que é ensinado pelo pastor, pregador ou outro "sacerdote". Elas meramente assumem que tudo está bem; caso contrário, o quartel-general denominacional certamente não empregaria uma pessoa em particular para representar sua doutrina publicamente. Esta é uma atitude desgraçadamente perigosa a sustentar, uma que nos conduzirá de forma desencaminhada e para dentro do erro. Alguns destes erros podem ser excessivamente arriscados e conduzirão ambos mestre e ouvinte à condenação eterna! Jesus nos advertiu sobre os farise

O natal por Ed René kivitz

O Natal não é um só: um é o Natal do egoísmo e da tirania, outro é o Natal da abnegação e da diaconia; um é o Natal do ódio e do ressentimento, outro é o Natal do perdão e da reconciliação; um é o Natal da inveja e da competição, outro é o Natal da partilha e da comunhão; um é o Natal da mansão, outro é o Natal do casebre; um é o Natal do prazer e do amor, outro é o Natal do abuso e da infidelidade; um é o Natal no templo com orquestra e coral, outro é o Natal das prisões e dos hospitais; um é o Natal do shopping e do papai noel, outro é o Natal do presépio e do menino Jesus. O Natal não é um só: um é o Natal de José, outro é o Natal de Maria; um é o Natal de Herodes, outro é o Natal de Simeão; um é o Natal dos reis magos, outro é o Natal dos pastores no campo; um é o Natal do anjo mensageiro, outro é o Natal dos anjos que cantam no céu; um é o Natal do menino Jesus, outro é o Natal do pai dele. O Natal de José é o instante sublime quando toma no colo o Messias. A partir daquela primei