Todos nós temos critérios diferentes para considerarmos algo arriscado. No entanto, estudos mostraram que, geralmente, consideramos atividades e produtos menos perigosos quando já os conhecemos. Ou seja, temos medo do desconhecido.
Mas quando realmente conhecemos uma coisa? Quando nos tornamos acostumados com ela?
Os cientistas dizem que, para isso, confiamos em uma simples análise. Um sabão em pó, por exemplo. Se o notamos na prateleira do supermercado sem dificuldade, se nos lembramos de ter visto a marca em outras ocasiões e se o nome é fácil de pronunciar então conhecemos o produto.
Conclui-se que o nome e facilidade de pronunciá-lo afetam nossa visão de um determinado produto.
Cientistas da Universidade de Michigan realizaram os estudos e provam que, quanto maior é a dificuldade que temos para pronunciar o nome de algo, mais inseguros estaremos em relação ao produto.
Um grupo de estudantes recebeu uma lista de aditivos alimentares para que determinassem quais eram os mais perigosos. Todas as substâncias eram palavras de 12 letras. Magnalaroxe era o aditivo de pronúncia mais simples e Hnegripitrom um dos mais “complicados”.
Os estudantes classificaram os aditivos com nomes mais complicados como perigosos.
Em outro experimento, os estudantes foram expostos a diferentes nomes de parques de diversão. Dessa vez, a tarefa era classificar em qual eles teriam mais “aventuras”, quais seriam mais arriscados e em quais eles ficariam enjoados nas montanhas-russas.
Os nomes também eram divididos em pronúncias fáceis (Chunta) e difíceis (Vaiveahtoishi). O resultado da pesquisa mostrou que os parques de nomes complicados eram considerados mais arriscados, mas também aqueles em que as pessoas teriam mais aventuras, os mais empolgantes.
Sendo assim, os pesquisadores concluíram que, tanto em situações em que se arriscar é ruim (como no caso dos aditivos alimentares) quanto nos casos em que é algo bom (a sensação de aventura em um parque de diversões), as pessoas consideram mais arriscado o que tem um nome complicado.
As descobertas também sugerem que a nossa percepção de riscos pode ser influenciada pela maneira que as coisas nos são apresentadas – se são difíceis de serem processadas pelo nosso cérebro (um nome praticamente impronunciável) é porque são mais perigosas.
Os autores dos estudos dizem que os resultados podem ser aplicados no desenvolvimento de produtos. Um nome difícil pode alertar os consumidores de que o produto apresenta riscos, motivando-os a prestar mais atenção no modo de uso, nas instruções e, em caso de remédios, lerem a bula.
Fonte: Science Daily (em inglês) via Hyper Science (em português)
Agora, não queremos que você pense que isso é regra rígida, como uma lei universal, só porque foi "descoberto" numa pesquisa científica. A ciência – ou, pelo menos, aqueles que agem em seu nome – também merece ser questionada. Será que a pesquisa citada acima representa bem a realidade? Hummm… não sei! E tu? Mas fique de orelha em pé quanto ao assunto dos nomes!
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