A Coca-Cola tem uma das receitas mais secretas do mundo. Seus anúncios antigos afirmavam que apenas dois homens conheciam a lista completa dos ingredientes, e que se esse segredo se perdesse algum dia o tecido do espaço-tempo se rasgaria e o universo explodiria. Curiosamente, a Coca-Cola original não é nem mais produzida e comercializada. O que nós tomamos atualmente é a Coca-Cola “nova”, que foi rebatizada
Mas hoje em dia existe mesmo essa coisa de “ingrediente secreto”? Afinal, nas últimas décadas, os consumidores passaram a ter cada vez mais informações sobre os produtos que comem, desde informações nutricionais até informações sobre ingredientes que podem causar alergias. Além disso, análises laboratoriais acompanham a evolução dos tempos. Talvez quando a Coca-Cola foi fundada, em 1892, não havia meios de determinar quais eram os ingredientes secretos em um produto.
Hoje em dia, qualquer laboratório que valha a química que usa pode descobrir quais produtos químicos e ingredientes aparecem em quais quantidades em uma amostra de produto. É análise de alimentos, nada tão difícil quanto lançar um foguete.
No livro “Big Secrets” (“Grandes Segredos”, em tradução livre – sem edição brasileira), William Poundstone revela os ingredientes “secretos” de vários produtos, e a fórmula da coca-cola pode ser encontrada na página 43. Ela inclui extrato de baunilha, óleos cítricos e flavorizantes de suco de limão. Não existe cocaína na coca-cola, e tecnicamente nunca existiu: na realidade, ela utilizava as folhas da coca, que não é a mesma coisa que a cocaína, um derivado modificado das folhas.
Há muitos séculos as populações de países de alta altitude da América do Sul mastigam as folhas de coca pelas suas propriedades anestésicas e estimulantes – importantes para a vida em altitudes muito grandes. Mas, assim como mastigar folhas de coca não é consumir cocaína, tomar coca-cola também não é.
Fonte: Live Science via Hyper Science com o título original de “A verdade por trás da fórmula secreta de Coca-Cola”; foto de Crestock
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