Por Gutierres Siqueira
Em qualquer organização política, administrativa, empresarial, econômica ou eclesiástica; a criação de uma identificação doutrinária (ou ideológica) é essencial. A cristandade sempre se preocupou com um quadro doutrinário definido, criando credos, confissões de fé, catecismos e reunindo vários concílios no decorrer da história. Muitas denominações mantêm uma raiz teológica fortíssima, sendo raras as exceções de divergências em torno dos pontos centrais. Um grupo religioso precisa de raízes fincadas para sobreviver no decorrer da história, portanto, sua doutrina sempre será preocupação entre seus membros.
Na contramão da história, muitos membros da Assembléia de Deus tentam criar uma “identidade” baseada exclusivamente nos “usos e costumes” uniformizados. Então, não sendo possível criar fundamentos em processos transitórios e relativos, a “identidade dos costumes” morre na areia movediça das culturas regionais. Enquanto isso, muito dos lideres assembleianos esquecem a principal identidade: que é doutrinário-teológica.
Identidade doutrinária?
A não uniformidade nas tradições e costumes é o obvio, mas a não uniformidade doutrinária é um perigo, pois ataca aquilo que é substancial para a organização eclesiástica subsistir. Não que a Assembléia de Deus detenha a perfeita e reta doutrina nos seus quatorzes pontos da confissão de fé; mas é tão necessária uma linha teológica definida, que a denominação sem ela vira o caos.
Respondendo a pergunta do título, hoje essa denominação não possui uma identidade doutrinária. Isso é um fato! Alguns pastores assembleianos são grandes apologistas e pessoas empenhadas na defesa da fé (uma minoria), mas outros são disseminadores de modismos como “cair no espírito”, “paletó ungido”, “confissão positiva”, “batalha espiritual”, “maldição hereditária” etc. Ou seja, enquanto uns trabalham pela doutrina, outros “colegas de ministério” trabalham pela destruição da mesma.
Grande Babel!
No seu quase centenário a Assembléia de Deus tornou-se uma grande Babel, onde cada um fala seu idioma. Uma denominação com variação de línguas (não confundir com variedades de línguas). Enquanto a Casa Publicadora da denominação publica o ótimo livro Cristianismo em Crise de Hank Hanegraaff, onde o autor condena as heresias do pregador israelense Benny Hinn, uma das igrejas da denominação convidou esse pastor para ser preletor em uma de suas festas.
Líderes assembleianos que não sabem a confissão de fé da denominação
Um ponto chave e possível de ser verificado empiricamente é o fato de que muitos pastores assembleianos não conhecem a confissão de fé da própria denominação. O autor desse texto não está blefando. Para espanto de muitos dos que estão lendo esse artigo, o fato é que muitos não sabem informar sequer um ponto da confissão de fé. Prova disso é que você ainda ouve de muitos lideres a ligação que os mesmos fazem dos costumes com a “doutrina da igreja”; sendo um sinal claríssimo de quem não conhece a própria doutrina.
Conclusão
Como pode existir identidade doutrinária se muitos querem colocar “usos e costumes” nesse pacote? Como pode existir identidade doutrinária se muitos líderes não conhecem a confissão de fé da denominação? Como pode existir identidade doutrinária, se um pastor prega uma coisa e o outro prega outra completamente divergente em assuntos considerados centrais? Como pode existir identidade doutrinária se muitos líderes têm ojeriza pela teologia e seu ensino sistemático aplicado na congregação? A conclusão do bom senso é que a maior denominação evangélica do país tem doutrina, mas não identidade. Centenária sem rosto é uma vergonha! Identidade já!
Na contramão da história, muitos membros da Assembléia de Deus tentam criar uma “identidade” baseada exclusivamente nos “usos e costumes” uniformizados. Então, não sendo possível criar fundamentos em processos transitórios e relativos, a “identidade dos costumes” morre na areia movediça das culturas regionais. Enquanto isso, muito dos lideres assembleianos esquecem a principal identidade: que é doutrinário-teológica.
Identidade doutrinária?
A não uniformidade nas tradições e costumes é o obvio, mas a não uniformidade doutrinária é um perigo, pois ataca aquilo que é substancial para a organização eclesiástica subsistir. Não que a Assembléia de Deus detenha a perfeita e reta doutrina nos seus quatorzes pontos da confissão de fé; mas é tão necessária uma linha teológica definida, que a denominação sem ela vira o caos.
Respondendo a pergunta do título, hoje essa denominação não possui uma identidade doutrinária. Isso é um fato! Alguns pastores assembleianos são grandes apologistas e pessoas empenhadas na defesa da fé (uma minoria), mas outros são disseminadores de modismos como “cair no espírito”, “paletó ungido”, “confissão positiva”, “batalha espiritual”, “maldição hereditária” etc. Ou seja, enquanto uns trabalham pela doutrina, outros “colegas de ministério” trabalham pela destruição da mesma.
Grande Babel!
No seu quase centenário a Assembléia de Deus tornou-se uma grande Babel, onde cada um fala seu idioma. Uma denominação com variação de línguas (não confundir com variedades de línguas). Enquanto a Casa Publicadora da denominação publica o ótimo livro Cristianismo em Crise de Hank Hanegraaff, onde o autor condena as heresias do pregador israelense Benny Hinn, uma das igrejas da denominação convidou esse pastor para ser preletor em uma de suas festas.
Líderes assembleianos que não sabem a confissão de fé da denominação
Um ponto chave e possível de ser verificado empiricamente é o fato de que muitos pastores assembleianos não conhecem a confissão de fé da própria denominação. O autor desse texto não está blefando. Para espanto de muitos dos que estão lendo esse artigo, o fato é que muitos não sabem informar sequer um ponto da confissão de fé. Prova disso é que você ainda ouve de muitos lideres a ligação que os mesmos fazem dos costumes com a “doutrina da igreja”; sendo um sinal claríssimo de quem não conhece a própria doutrina.
Conclusão
Como pode existir identidade doutrinária se muitos querem colocar “usos e costumes” nesse pacote? Como pode existir identidade doutrinária se muitos líderes não conhecem a confissão de fé da denominação? Como pode existir identidade doutrinária, se um pastor prega uma coisa e o outro prega outra completamente divergente em assuntos considerados centrais? Como pode existir identidade doutrinária se muitos líderes têm ojeriza pela teologia e seu ensino sistemático aplicado na congregação? A conclusão do bom senso é que a maior denominação evangélica do país tem doutrina, mas não identidade. Centenária sem rosto é uma vergonha! Identidade já!
Fonte: Teologia Pentecostal
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