Pular para o conteúdo principal

Morreu ou não morreu no mesmo dia?

Adão e Eva [foto]
 
 
Em Gênesis 2. 16-17, Deus dá a seguinte sentença ao homem: “No dia em que comerdes do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal morrerás”. O homem entendeu, não podia comer de determinado fruto, pois se não morreria, todavia Adão e Eva desconsideraram essa ordem e comeram do fruto (Gn. 3.6).

Se continuarmos a ler o texto perceberemos que Adão não morreu no mesmo dia, pelo contrário ele morreu com 930 anos (Gn. 5.5). Então o que aconteceu? Será que Deus falhou em sua palavra? Será que foi uma morte espiritual?

Essa ultima hipótese é muito forte e bem provável que o texto esteja se referindo a uma morte espiritual, uma mudança de eterno para temporário, de imortal para mortal. Entretanto há um elemento curioso, que é apenas um elemento curioso e nada mais que isso.

Em II Pedro 3.8 temos a seguinte afirmação do apóstolo: “Para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.” Essa é a disposição do tempo para Deus, conforme nos diz Pedro, e pensar sobre a atuação divina partindo das categorias temporais humanas é altamente especulativo.

Voltando ao nosso texto, Deus diz que o Homem morreria no mesmo dia em que comece daquele fruto. Partindo de Pedro um dia de Deus pode equivaler a mil anos. O livro de Gênesis relata que Adão morreu com 930 anos de idade. Na perspectiva temporal divina Adão morreu no mesmo dia em que comeu do fruto da árvore proibida. Na perspectiva temporal humana Adão morreu 930 anos depois da ordem de Deus.

Resta-nos a dúvida: Morreu ou não morreu no mesmo dia?
 
Fonte: Calebe Ribeiro em seu blog; imagem de Nadezhda Funtikova em 123 Royalty Free

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O escafandro e a borboleta

Uma dica de filme bacana, um motivacional apesar de não ser um filme cristão.     por Juliana Dacoregio   Impossível assistir a O escafandro e a borboleta (França/EUA, 2007) e não pensar em valorizar mais a própria vida. É o pensamento mais simplista possível, mas é também o mais sábio. Eu estava com um certo receio de assistir ao filme. Sabia do que se tratava e não queria sentir o peso da tragédia daquele homem. É uma história realmente pesada. E por mais que Jean Dominique Bauby – que, baseado em sua própria história, escreveu o livro homônimo que deu origem ao filme – conseguisse rir apesar de sua situação, o riso dele faz só faz aumentar o nosso desconforto, por ficar evidente que seu rosto permanece estático enquanto há emoções em seu interior.   Bauby se viu preso em seu próprio corpo em 1995, quando sofreu um derrame que o deixou totalmente paralisado e incapaz de falar. Apesar disso ele não teve sua audição e visão afetadas e suas faculdades mentais continuar

William Barclay, o falso mestre

  O texto a seguir foi traduzido por mim, JT. Encontrado em inglês neste endereço . As citações de trechos bíblicos foram tiradas da bíblia Almeida Revista e Atualizada (ARA).     William Barclay, o falso mestre Richard Hollerman Estamos convencidos de que muitas pessoas não percebem o quão difundido o falso ensinamento está em nossos dias. Elas simplesmente vão à igreja ou aceitam ser membros da igreja e falham em ter discernimento espiritual com respeito ao que é ensinado pelo pastor, pregador ou outro "sacerdote". Elas meramente assumem que tudo está bem; caso contrário, o quartel-general denominacional certamente não empregaria uma pessoa em particular para representar sua doutrina publicamente. Esta é uma atitude desgraçadamente perigosa a sustentar, uma que nos conduzirá de forma desencaminhada e para dentro do erro. Alguns destes erros podem ser excessivamente arriscados e conduzirão ambos mestre e ouvinte à condenação eterna! Jesus nos advertiu sobre os farise

O natal por Ed René kivitz

O Natal não é um só: um é o Natal do egoísmo e da tirania, outro é o Natal da abnegação e da diaconia; um é o Natal do ódio e do ressentimento, outro é o Natal do perdão e da reconciliação; um é o Natal da inveja e da competição, outro é o Natal da partilha e da comunhão; um é o Natal da mansão, outro é o Natal do casebre; um é o Natal do prazer e do amor, outro é o Natal do abuso e da infidelidade; um é o Natal no templo com orquestra e coral, outro é o Natal das prisões e dos hospitais; um é o Natal do shopping e do papai noel, outro é o Natal do presépio e do menino Jesus. O Natal não é um só: um é o Natal de José, outro é o Natal de Maria; um é o Natal de Herodes, outro é o Natal de Simeão; um é o Natal dos reis magos, outro é o Natal dos pastores no campo; um é o Natal do anjo mensageiro, outro é o Natal dos anjos que cantam no céu; um é o Natal do menino Jesus, outro é o Natal do pai dele. O Natal de José é o instante sublime quando toma no colo o Messias. A partir daquela primei