Andando pelas ruas da minha linda cidade Maceió, parei para observar algumas moças que atravessavam uma faixa de pedreste qualquer. No momento que observava aquelas moças eu pude ver em seus rostos cheios de maquiagens um sentimento tão invejoso, pois olhavam umas as outras como se tivessem tirando um raio X.
Esses olhares deixavam bem nítido a preocupação delas naquele momento; pareciam estar se perguntando se estavam bonitas. Era como se vivessem preocupadas se iriam ser aceitas ou não em um reinado cujo rei excluiria as que não se encaixasse em seus padrões.
Não sabem essas jovens que o bom da vida é ser criativo, criar a sua própria moda, viver a vida despreocupado se vão lhe achar bonito ou não; pois a vida em si é bela, e vivê-la de verdade nos torna verdadeiros modelos nesta passarela que ela é, e onde o júri são os olhares de quem aprecia a verdadeira beleza.
Em outra oportunidade me deparei com uma simples jovem garçonete. Assim que vi aquela jovem garçonete, me encantei e disse comigo: "Que jovem linda!" Pois é, eu realmente achei aquela jovem muito bonita. Aquela linda jovem nunca faria parte do reinado da beleza, pois a mesma tinha um problema em um dos olhos. Mas ela não era nenhuma coitadinha e tampouco se mostrava como tal, pois ela me atendeu com um lindo sorriso que mais parecia uma pose para foto. Ela era realmente linda e encantava aqueles que apreciavam a verdadeira beleza.
Aquela jovem era princesa no reinado da simplicidade. Ela me encantou com seu jeito simples, com seu rosto lindo e meigo, com seu sorriso sincero e com a abnegação com a qual ela me atendeu. As poucas palavras que troquei com ela foram suficiente para poder ver uma beleza bem maior. Na verdade, além da beleza física aquela, jovem escondia uma singela beleza no seu jeito de ser.
Se eu tivesse alguém ao meu lado no dia em que encontrei aquela bela jovem e lhe dissesse que a achava muito bonita, certamente a pessoa iria me chamar de louco; mas, como essa palavra "louco" já não soa tão estranho aos meus ouvidos, é certo que não iria me incomodar em admirá-la. A única coisa que eu diria para essa pessoa é que a beleza de uma mulher não está no seu rosto bonito e tampouco no seu corpo escultural, mas sim que a beleza de uma mulher se esconde na singeleza de seu olhar, na pureza de seu sorriso, na sua inteligência, no amor e na abnegação de se doar...
Como disse antes, a beleza de uma mulher se esconde, e só quem aprecia o que é belo consegue ver tal beleza, que muitas vezes não se mostra para os preconceituosos e para os que são verdadeiros fantoches manipulados por padrões de beleza impostos pela sociedade.
Como dizia Machado de Assis “Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim, as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados... Elas têm que esperar um pouco mais para o homem certo chegar... aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore”. Ou seja, aqueles que são valentes o bastante para romper com o reinado da beleza, quer dizer, da falsa beleza.
Eu insisto em acreditar que nós não perdemos nossa capacidade de apreciar o que é belo. Por que nós insistimos em apreciar maquiagens? Por que nós nos prendemos a estes terríveis padrões de beleza? Por que muitas vezes os homens só conseguem apreciar corpos padronizadamente idealizados e deixamos de admirar belas princesas do reinado da singeleza?
Onde vamos parar com essa paranóia de corpos e rostos padronizados? como se o gosto pessoal fosse algo definido nas passarelas da moda. Muitas vezes até achamos certas pessoas lindas, mas nem sempre essas pessoas se encaixam nos padrões de beleza e, às vezes, fogem totalmente desse padrão. Quase sempre somos convencidos a não demonstrar admiração por tais pessoas, pois ficamos mais preocupados com o que os outros vão pensar do que em deixar o nosso ser apreciar o que para nós é verdadeiramente belo.
Tarcísio Paz
Em outra oportunidade me deparei com uma simples jovem garçonete. Assim que vi aquela jovem garçonete, me encantei e disse comigo: "Que jovem linda!" Pois é, eu realmente achei aquela jovem muito bonita. Aquela linda jovem nunca faria parte do reinado da beleza, pois a mesma tinha um problema em um dos olhos. Mas ela não era nenhuma coitadinha e tampouco se mostrava como tal, pois ela me atendeu com um lindo sorriso que mais parecia uma pose para foto. Ela era realmente linda e encantava aqueles que apreciavam a verdadeira beleza.
Aquela jovem era princesa no reinado da simplicidade. Ela me encantou com seu jeito simples, com seu rosto lindo e meigo, com seu sorriso sincero e com a abnegação com a qual ela me atendeu. As poucas palavras que troquei com ela foram suficiente para poder ver uma beleza bem maior. Na verdade, além da beleza física aquela, jovem escondia uma singela beleza no seu jeito de ser.
Se eu tivesse alguém ao meu lado no dia em que encontrei aquela bela jovem e lhe dissesse que a achava muito bonita, certamente a pessoa iria me chamar de louco; mas, como essa palavra "louco" já não soa tão estranho aos meus ouvidos, é certo que não iria me incomodar em admirá-la. A única coisa que eu diria para essa pessoa é que a beleza de uma mulher não está no seu rosto bonito e tampouco no seu corpo escultural, mas sim que a beleza de uma mulher se esconde na singeleza de seu olhar, na pureza de seu sorriso, na sua inteligência, no amor e na abnegação de se doar...
Como disse antes, a beleza de uma mulher se esconde, e só quem aprecia o que é belo consegue ver tal beleza, que muitas vezes não se mostra para os preconceituosos e para os que são verdadeiros fantoches manipulados por padrões de beleza impostos pela sociedade.
Como dizia Machado de Assis “Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim, as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados... Elas têm que esperar um pouco mais para o homem certo chegar... aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore”. Ou seja, aqueles que são valentes o bastante para romper com o reinado da beleza, quer dizer, da falsa beleza.
Eu insisto em acreditar que nós não perdemos nossa capacidade de apreciar o que é belo. Por que nós insistimos em apreciar maquiagens? Por que nós nos prendemos a estes terríveis padrões de beleza? Por que muitas vezes os homens só conseguem apreciar corpos padronizadamente idealizados e deixamos de admirar belas princesas do reinado da singeleza?
Onde vamos parar com essa paranóia de corpos e rostos padronizados? como se o gosto pessoal fosse algo definido nas passarelas da moda. Muitas vezes até achamos certas pessoas lindas, mas nem sempre essas pessoas se encaixam nos padrões de beleza e, às vezes, fogem totalmente desse padrão. Quase sempre somos convencidos a não demonstrar admiração por tais pessoas, pois ficamos mais preocupados com o que os outros vão pensar do que em deixar o nosso ser apreciar o que para nós é verdadeiramente belo.
Tarcísio Paz
Comentários
Talvez o melhor título pro texto fosse "O Reinado da Ditadura da Beleza", pois é isso que esse reino é, uma ditadura.
Não sei se é impressão minha, mas, de uns tempos pra cá, esse reino parece ter entrado dentro da igreja. Há mulheres jovens e adultas que parecem buscar - sem necessidade - fazer parte também desse reino, esquecendo que já pertencem a um Reino maior onde, a príncípio, não deveria haver sub-reinos.
Ora vem Senhor Jesus libertar da tirania de mais esse outro reino!
JT Ollemhebb