Achinoam Nini, ou simplismente Noa, como é conhecida mundialmente, há muito provoca controvérsia em Israel e na comunidade árabe. Ela já gravou com artistas árabes, se recusou a se apresentar na Cisjordânia ocupada, condenou os assentamentos israelenses ali e cancelou concertos por causa de ameaças de bomba da extrema direita.
Em 2009 Noa deixou a esquerda israelense furiosa. Escolhida para representar Israel no festival da Canção Eurovision que foi realizado em Moscou, Nini pediu se podia levar consigo sua atual colaboradora artística, a atriz e cantora árabe israelense Mira Awad.
O comitê de seleção adorou a ideia de ter tanto uma árabe quanto uma judia na competição pela primeira vez. Mas por coincidir com a guerra de Israel em Gaza e com a ascensão de Avigdor Lieberman, o político ultranacionalista que ameaça os árabes israelenses com um juramento de lealdade, a escolha do comitê foi rotulada por muitos na esquerda e na comunidade árabe como um esforço para embelezar uma situação horrível.
Mira Awad é filha de um médico árabe da Galiléia e de uma mãe búlgara e mora em Tel Aviv. Ela é mais conhecida em Israel como a atriz que aparece em uma popular comédia da TV, além de atuar ultimamente em uma forte peça teatral a respeito do conflito entre israelenses e palestinos, em cartaz no Cameri Theater, em Tel Aviv.
Protestos de todos os lados começaram a surgir, exigindo que a dupla se retirasse da disputa. Entretanto, nem Nini nem Awad se deixaram abalar e continuam firmes em sua cruzada pela paz.
Em 2009 Noa deixou a esquerda israelense furiosa. Escolhida para representar Israel no festival da Canção Eurovision que foi realizado em Moscou, Nini pediu se podia levar consigo sua atual colaboradora artística, a atriz e cantora árabe israelense Mira Awad.
O comitê de seleção adorou a ideia de ter tanto uma árabe quanto uma judia na competição pela primeira vez. Mas por coincidir com a guerra de Israel em Gaza e com a ascensão de Avigdor Lieberman, o político ultranacionalista que ameaça os árabes israelenses com um juramento de lealdade, a escolha do comitê foi rotulada por muitos na esquerda e na comunidade árabe como um esforço para embelezar uma situação horrível.
Mira Awad é filha de um médico árabe da Galiléia e de uma mãe búlgara e mora em Tel Aviv. Ela é mais conhecida em Israel como a atriz que aparece em uma popular comédia da TV, além de atuar ultimamente em uma forte peça teatral a respeito do conflito entre israelenses e palestinos, em cartaz no Cameri Theater, em Tel Aviv.
Protestos de todos os lados começaram a surgir, exigindo que a dupla se retirasse da disputa. Entretanto, nem Nini nem Awad se deixaram abalar e continuam firmes em sua cruzada pela paz.
Awad é um dos 1,5 milhões de cidadãos árabes entre os mais de 7 milhões de habitantes de Israel. Há mais 4 milhões de árabes palestinos na Cisjordânia e Gaza que não possuem Estado próprio.
Juntamente com Gil Dor, colaborador artístico das cantoras, prepararam 4 canções, para ser escolhida a que representaria Israel no festival em um painel público. As canções foram compostas com partes iguais de hebreu, árabe e inglês.
A canção escolhida foi “There must be another way” Deve haver uma outra maneira, a canção ficou em 16º lugar no festival. Desta parceria surgiu o álbum Noa e Mira Awad. Intitulado “Deve haver uma outra maneira” com 6 duetos e 3 canções individuais de cada uma.
As duas mulheres já colaboram há quase oito anos. No auge da segunda intifada, há seis anos, elas gravaram uma versão de "We Can Work It Out" dos Beatles, que se transformou em um sucesso internacional.
Nini apesar de admirada em Israel, é mais popular no exterior. Sua música, diferente daquela da maioria dos astros pop, é menos uma reflexão da sensibilidade de seu próprio país e mais um esforço de expressar algo universal - um motivo para o painel ter achado que ela poderia conquistar a quarta vitória de Israel no Eurovision em três décadas.
Os dois principais programas humorísticos de Israel a retratam como mais interessada na Itália do que em Israel, assim como explora Awad para atender seu interesse próprio.
Awad, de origem interracial, também é uma estranha em sua própria terra, uma cantora e atriz árabe-cristã em um país dominado por judeus e muçulmanos.
Isso explica em parte o laço entre elas, dizem as duas mulheres, e também pode explicar a ambivalência com que a escolha delas foi recebida.
Ambas as cantoras e seu colaborador, Dor, disseram que passam muitas horas discutindo o significado de uma nação democrática judaica, o conflito entre israelenses e palestinos e como fazer sua parte para melhorar as coisas.
"Todo mundo é responsável por acrescentar algo em prol da paz e da coexistência", disse Nini. "A nossa contribuição é a música. Nós temos uma amizade real. É claro que discutimos. Mas a beleza é que oferecemos um exemplo de como poderia ser a coexistência."
Contrariando a todos e a tudo, estas mulheres nos dão um exemplo de que a paz é possível e de cada um pode fazer a sua parte. E elas o fazem com um talento único, com interpretações ímpares como a de “We Can Work It Out” de Lennon/McCartney, realmente brilhante. Por todo o talento, a coragem e o grande exemplo Noa e Mira Awad são música para a minha alma!
Juntamente com Gil Dor, colaborador artístico das cantoras, prepararam 4 canções, para ser escolhida a que representaria Israel no festival em um painel público. As canções foram compostas com partes iguais de hebreu, árabe e inglês.
A canção escolhida foi “There must be another way” Deve haver uma outra maneira, a canção ficou em 16º lugar no festival. Desta parceria surgiu o álbum Noa e Mira Awad. Intitulado “Deve haver uma outra maneira” com 6 duetos e 3 canções individuais de cada uma.
As duas mulheres já colaboram há quase oito anos. No auge da segunda intifada, há seis anos, elas gravaram uma versão de "We Can Work It Out" dos Beatles, que se transformou em um sucesso internacional.
Nini apesar de admirada em Israel, é mais popular no exterior. Sua música, diferente daquela da maioria dos astros pop, é menos uma reflexão da sensibilidade de seu próprio país e mais um esforço de expressar algo universal - um motivo para o painel ter achado que ela poderia conquistar a quarta vitória de Israel no Eurovision em três décadas.
Os dois principais programas humorísticos de Israel a retratam como mais interessada na Itália do que em Israel, assim como explora Awad para atender seu interesse próprio.
Awad, de origem interracial, também é uma estranha em sua própria terra, uma cantora e atriz árabe-cristã em um país dominado por judeus e muçulmanos.
Isso explica em parte o laço entre elas, dizem as duas mulheres, e também pode explicar a ambivalência com que a escolha delas foi recebida.
Ambas as cantoras e seu colaborador, Dor, disseram que passam muitas horas discutindo o significado de uma nação democrática judaica, o conflito entre israelenses e palestinos e como fazer sua parte para melhorar as coisas.
"Todo mundo é responsável por acrescentar algo em prol da paz e da coexistência", disse Nini. "A nossa contribuição é a música. Nós temos uma amizade real. É claro que discutimos. Mas a beleza é que oferecemos um exemplo de como poderia ser a coexistência."
Contrariando a todos e a tudo, estas mulheres nos dão um exemplo de que a paz é possível e de cada um pode fazer a sua parte. E elas o fazem com um talento único, com interpretações ímpares como a de “We Can Work It Out” de Lennon/McCartney, realmente brilhante. Por todo o talento, a coragem e o grande exemplo Noa e Mira Awad são música para a minha alma!
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