Falta conscientização política e social aos pastores brasileiros?
Muitos pastores desconhecem os embates culturais e preferem não se envolver na política, por causa da corrupção presente até mesmo entre políticos evangélicos. A esquerda evangélica hoje detém quase que exclusivamente o monopólio da tal “conscientização política e social”. Daí, quando se fala em ação política ou social evangélica, a primeira imagem que vem à mente do público cristão é a imagem de igrejas e grupos religiosos atuando como se fossem meros braços assistencialistas do Estado socialista. Essa visão deformada é praticamente a única que os evangélicos do Brasil têm de “ação social”. Falta uma visão genuína de Reino de Deus para a atuação dos evangélicos na política brasileira.
O combate ao sexo pré-conjugal é uma de suas bandeiras, assim como da maioria das igrejas evangélicas. Como convencer o jovem cristão a manter a castidade num mundo que enfatiza o prazer e o descompromisso das relações?
O tipo de castidade que as igrejas evangélicas hoje defendem é impossível, pois requer dos jovens abstinência sexual, mas não propõem casamento quando seus impulsos exigem satisfação a todo custo. O adolescente evangélico vai à escola, onde recebe doutrinação estatal para fazer sexo de todas as formas possíveis; vê seus amigos namorando e fazendo sexo; o que ele acaba fazendo? Para piorar, as igrejas e as famílias dizem ao adolescente e ao jovem que reprima suas tentações e não pense em casamento até acabar os estudos. O resultado é que acontece hoje entre os jovens evangélicos exatamente o que está acontecendo entre os jovens não-cristãos: sexo promíscuo. Num tempo de suas vidas em que a prioridade de seus sentimentos está voltada ao sexo, as pressões principais sobre os jovens — vinda dos pais, dos amigos e das igrejas — colocam o casamento em último plano. Falta muita valorização do casamento e família para os jovens.
O senhor não acha mais sensato orientar os jovens a priorizar o preparo intelectual e profissional visando ao seu futuro?
A Bíblia nos instrui: é melhor casar do que abrasar-se. O jovem vive muitas vezes abrasado, pois está cercado de lascívia e prostituição. Por isso, quando o jovem não consegue mais se controlar, é fundamental não pressioná-lo a sacrificar possibilidades de casamento por causa de metas educacionais. De que adianta, do ponto de vista do Reino de Deus, um evangélico ter diploma universitário e um rastro de prostituição ao longo de sua caminhada? Ele terá grandes perdas espirituais e problemas pelo resto da vida, inclusive conjugais, pois sacrificou todos os seus valores em prol da educação. Portanto, se o jovem sente que é hora de casar, em vez de pressioná-lo ao contrário, as famílias evangélicas envolvidas deveriam apoiar e ajudar o moço e a moça a começarem sua vida juntos. Eles precisam se casar.
Não é arriscado apostar num casamento tão prematuro?
O que pude constatar em várias igrejas é que a maioria dos jovens que namoram já está fazendo sexo. Filhos de pastores estão engravidando moças fora do casamento. Filhas de pastores estão tendo bebês sem casar – isso quando não os matam através do aborto. Tudo é sacrificado: bebês, casamento, moral, espiritualidade, comunhão com Deus. Tudo – menos as idolatradas metas educacionais. O caminho certo é encaminhar rapidamente esses jovens ao casamento. Por isso, quando as famílias evangélicas sentem que o rapaz e a moça já estão num namoro, é recomendável ajudar num casamento sem demora. Aliás, o conceito de namoro é uma invenção moderna sem nenhum apoio na Bíblia. Na área sexual e em outras áreas importantes, o que deve haver é compromisso. Não quer casar? Não namore. Quer sexo? Case-se. A cultura do namoro leva menos ao casamento do que ao sexo promíscuo. Só os rapazes e moças que não estão namorando ou não tendo nenhum tipo de relacionamento abrasante é que podem prosseguir com suas metas educacionais. Os outros, para o seu próprio bem-estar físico, moral, espiritual, psicológico e conjugal, precisam se casar o mais cedo possível.
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Comentários
Meus irmãos mais novos, por outro lado, casaram no meio da faculdade e graduaram já com filhos. Não acho que a questão seja estudar ou casar, assim, como ele coloca (namorar muito e continuar estudando, queimar a pureza no processo e ficar por isso mesmo). É ter um propósito e se ater a ele.
Meu propósito era trabalhar com crianças - é o q faço hoje. Valeu a pena ficar sem namorado tanto tempo... O propósito dos meus irmãos era construir uma família - o estudo era só um meio de mantê-la.